sábado, 28 de maio de 2011

John wicliff


John wicliff

Por: Ricardo de Oliveira Lima Junior.


John Wicliff nasceu em Yorkshire no ano de 1329; estudou e lecionou na Universidade de Oxford (e pelo seu talento recebeu o apelido de “a jóia de Oxford”), pois era doutor em teologia (1372); Também foi um dos mestres da Universidade de Balliol. Foi autor de inúmeros panfletos e tratados, além de ter traduzido a bíblia vulgata para o inglês. Por ser o mais e eminente teólogo de sua época foi capelão do Rei Ricardo II, tendo acesso assim ao parlamento. Viveu em um período turbulento em alguns aspectos na Europa; numa época em que estava ocorrendo a guerra dos cem anos, o cativeiro babilônico da igreja, a peste negra, etc. Sobre ele foi descrito: "Uma figura alta e delgada, coberta com uma longa toga negra [...] a face, adornada com uma comprida barba; ele tinha traços fortes e bem nítidos; os olhos eram claros e penetrantes; os lábios firmemente fechados, um sinal de sua resolução."
Precedeu o período da reforma do sec XVI por isso foi o principal influênciador de diversos outros reformadores como por exemplo,John hus,Savonarola ,Lutero e Calvino; A “estrela da manhã da reforma”, é como conhecemos esse inglês, do século XIV, que disse não ao sistema sacramental da igreja e a transubstanciação, que valorizou a pregação, quando disse: ”a pregação do evangelho excede infinitamente a oração e os sacramentos”; ele era agostiniano, cria na eleição e na graça; foi influenciado por Breduard (que foi arcebispo da cantuaria por 40 dias quando foi vitima da peste negra), quando este morreu Wicliff tinha 19 anos; O papa o chamava de o mestre de todos os erros; no concilio 1382(o concilio do terremoto), ele foi condenado e por isso se refugiou em sua paróquia; sofreu um derrame quando estava na igreja e morreu em 31 de dezembro de 1384. O Concilio de Constança, 31 anos mais tarde, o excomungou, e, em 1428, seus ossos foram exumados e queimados, e as cinzas, espalhadas no rio Swift; o concilio de Constança condenou os seus ensinos e condenou também John Hus,que era um de seus seguidores,que foi morto na fogueira da inquisição; Hus tinha 12 anos quando Wicliff morreu.
 Os seguidores de wicliff foram os lolardos; esses pregaram os seus ensinamentos por toda a Inglaterra, até que a Igreja Romana em 1401, por força da declaração “De Haeretico Comburendo” pelo Parlamento, introduziu a pena de morte como castigo para os tais pregadores. Entretanto, estes jamais foram aniquilados. Os Lolardos ajudaram a preparar o caminho, ainda que ocultamente, para a grande Reforma na Inglaterra.

Wicliff questionou o direito de a igreja ter poder temporal e de possuir riqueza. Discutiu a venda de indulgências, o cerimonial da igreja, a adoração supersticiosa de santos e de relíquias, assim como a autoridade do papa, questionou também a visão oficial da eucaristia (a doutrina da transubstanciação) defendida pelo IV Concilio de Latrão. Por seus questionamentos sempre apresentava-se diante de bispos e de concilios para defender essas idéias, e outros posicionamentos que advogava.
A Inglaterra tinha muito ressentimento contra a Igreja Romana, mesmo no século XIII. Os príncipes — e muitos cidadãos — se ressentiam da maneira como a igreja estava apegada ao poder e à riqueza. João de Gaunt, muitas vezes, usava as idéias e a reputação de Wycliff em suas discussões com a igreja. Como recompensa, ele protegia Wycliffe da hierarquia eclesiástica. Uma audiência tumultuada em 1377 resultou no banimento de seus escritos. Apesar de ser poupado da violência, seus textos foram queimados, e ele foi destituído da posição que tinha em Oxford, ficando proibido de disseminar suas idéias.
Isso deu a ele tempo para trabalhar na tradução da Bíblia. Wycliffe defendia a idéia de que todo o mundo deveria poder ler as Escrituras na própria língua. "Visto que a Bíblia contém Cristo — tudo o que é necessário para a salvação —, ela é necessária para todos os homens, e não apenas para os sacerdotes", escreveu ele. Assim, a despeito da reprovação da igreja, juntou-se a outros estudiosos para produzir a primeira tradução completa da Bíblia para o inglês. Usando uma cópia manuscrita da Vulgata, Wycliffe trabalhou arduamente para tornar as Escrituras inteligíveis para seus compatriotas. Uma primeira edição foi publicada. Ela foi aprimorada na segunda edição, que só ficou completa após a morte de Wycliffe. Apesar disso, essa edição ficou conhecida por Bíblia de Wycliffe e foi distribuída, ilegalmente, pelos lolardos.
As obras mais proeminentes foram:
·           A Verdade das Sagradas Escrituras: escrita em 1378, na qual ele retrata a Bíblia como regra de fé e prática, pela qual a Igreja, as tradições, os concílios e inclusive o papa deveriam ser provados. Ele também escreveu que as Escrituras contêm tudo necessário para que o homem seja salvo, sem necessidade de tradições adicionais. Wycliff defendia que as Escrituras deveriam ser lidas por todos os homens e não somente pelo clérigo.
·           O Poder do Papa: escrita em 1379, na qual ele descreve o papado como um ofício instituído pelo homem e não por Deus. Ele explica que o poder do papa não se extende ao governo secular, e que sua autoridade não é derivada do seu ofício, mas sim de seu caráter moral e cristão. Ele dizia que o papa que não seguia a Jesus Cristo, era o Anticristo.
·            Apostasia: escrita em 1379, na qual ele condena a doutrina romana da transubstanciação.
·         Eucaristia: escrita em 1380, uma extensão da obra anterior, onde ele denuncia esta heresia em vários aspectos como: inovação recente, filosoficamente incoerente e contrária à Bíblia Sagrada. Ele condena a Tomás de Aquino e seu ensinamento que diz que o pão e o vinho se transformam no corpo e sangue de Cristo. Em seu livro, Wycliff descreve que o pão e o vinho mantêm a sua forma, sendo um sacramento em memória do corpo e do sangue de Cristo.
Podemos dizer que John wicliff foi um dos mais renomados e cultos teólogos de sua época e também o incumbimos toda a responsabilidade de ter sido o principal influenciador e principiador da reforma da igreja oficial; hoje vemos que Deus usou John poderosamente para que houvesse uma mudança radical na interpretação da palavra de deus, de modo a rever certos dogmas e temas que causavam controvérsia dentro da igreja e que eram colocados como fardos pesados nos ombros de pessoas leigas, sem conhecimento da palavra e carentes espiritualmente. Wicliff foi a providencia de Deus para mudar um quadro caótico e ao mesmo tempo déspota da parte da igreja em relação ao povo, que eram escravizados, manietados e explorados ao invés de serem confortados e aliviados pela palavra da verdade.


Referências bibliográficas
·         FOX, John. O Livro dos Mártires. 1ª edição. Brasil: Editora mundo Cristão, 2008.
·         SHELLEY, Bruce L. História do Cristianismo: ao alcance de todos. 1ª edição. São Paulo: Shedd publicações, 2004.
·         Wikipédia, a enciclopédia livre.
·         CURTIS, A.kenneth;LANG,Stephen Lang;PETERSEN,Randy.Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo. 1ª edição. Brasil: Editora Vida, 2001. 

Governo da Igreja

Podemos evidenciar diferentes modelos de governo eclesiástico,como por exemplo,o presbiterianismo, o episcopalismo, o congregacionalismo, além dos modelos mistos; Isso nos mostra que sempre existem opiniões diferentes em relação ao modo de se administrar igrejas;Quando fazemos uma intersecção dessas maneiras de governo, encontramos fatores em comum que mostram que nenhuma delas está completamente errada ou certa.
O que devemos analisar não é só o modelo de governo mas principalmente como é exercida a liderança humana em determinada igreja,seja ela Presbiteriana,Batista ou Metodista;o cerne da questão não é realmente o tipo de governo e sim o tipo de liderança que se tem.
Acreditamos que um verdadeiro líder realmente faz a vontade de Deus e governa a igreja da melhor forma possível, pois este é aprovado e vocacionado para isso.
O Grande líder da igreja é Cristo e ele nos ensina a sermos exemplo,doarmos nossas vidas em favor do próximo e não buscarmos motivos para nos afastarmos de nossos irmãos, muitas vezes motivos fúteis e sem nexo;devemos ser lideres aprovados por Deus acima de tudo,pois independente da forma que governamos nossas igrejas,somos todos pertencentes a um governo muito maior e mais duradouro que é o de Cristo... por toda eternidade.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Educação Cristã Participativa

Educação cristã deve ser moldada em um parâmetro diferente da convencional; Na educação cristã participativa o mestre e o aprendiz formam um “ciclo de conhecimento”, que não se restringe somente a receber informações de um individuo mais capacitado;neste tipo de educação existe uma interação entre o mestre e o discípulo de forma que o conhecimento seja gerado com concretude e exatidão dando assim embasamento para a fixação do saber.
No aprendizado por meio da participação, o mestre se torna parte do mecanismo de aprendizado e recebe também conhecimentos,vindos por parte do aprendiz. Assim observamos que além do aluno receber o conhecimento ele também é responsável por transmiti-lo de forma que todos adquiram informações importantes para o crescimento intelectual,prático e fundamentalmente espiritual.Vemos em cristo o modelo de mestre perfeito, pois ele soube transmitir conhecimento utilizando o saber prévio de seus discípulos, além de repassar informações de um modo especial que fazia com que os seus pupilos tivessem curiosidade de descobrir o que ele queria dizer,ou raciocinassem para descobrir o verdadeiro sentido das palavras a eles repassadas ou até mesmo indagar diretamente ao mestre a real interpretação de suas palavras.