sábado, 20 de agosto de 2011

A dura batalha de se manter fiel aos principios bíblicos neste "século de perdição"

2 co 4:4 _ ...Nos quais o deus deste século cegou o os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo,que é a imagem de Deus.

Os desafios para o cristão nestes tempos de turbulência moral, ética e espiritual,tem deixado batalhões de "soldados" de Cristo caídos na trajetória tão dolorida que é a que leva à eternidade com Deus;Embora tenhamos acreditado que somos eficazes em nossa missão, ainda assim devemos almejar a superação no que diz respeito a nossa espiritualidade(santidade) e  à  busca de almas para Cristo(missão);
Historicamente vemos que os grandes mártires e os reformadores, de uma maneira ou de outra apresentaram defeitos de caráter, além de erros em seus pensamentos teológicos,mas ainda assim tiveram sua parcela de contribuição, uns muito outros um pouco menos, porém todos foram instrumentos para o enriquecimento da obra do Senhor na terra e com certeza não se mostraram de mãos vazias perante o Senhor.
 Podemos observar semelhanças entre o passado e o presente em relação a difícil tarefa de servir  fielmente ao Senhor; Durante toda a história do cristianismo fomos e ainda somos perseguidos,desacreditados e até mesmo mortos por nossos ideais; além de termos uma infinidade de formas de pecados que nos levam ao afastamento de Deus, sendo então necessario mais do que nunca buscarmos métodos de nos fortalecermos em Jesus e vencermos tão atraentes e muitas vezes tão irresistíveis vontades e desejos mundanos que nos matam espiritualmente e nos deixam beirando ao inferno.
Somente a soberana graça do Senhor pode nos manter afastado das armadilhadas que são colocadas em nossos caminhos e niguém mais tem fortaleza para oferecer aos seus, senão Deus em sua infinita,ou melhor,eterna misericordia que contém todas as coisas porém não pode ser contida ou medida.

sábado, 28 de maio de 2011

John wicliff


John wicliff

Por: Ricardo de Oliveira Lima Junior.


John Wicliff nasceu em Yorkshire no ano de 1329; estudou e lecionou na Universidade de Oxford (e pelo seu talento recebeu o apelido de “a jóia de Oxford”), pois era doutor em teologia (1372); Também foi um dos mestres da Universidade de Balliol. Foi autor de inúmeros panfletos e tratados, além de ter traduzido a bíblia vulgata para o inglês. Por ser o mais e eminente teólogo de sua época foi capelão do Rei Ricardo II, tendo acesso assim ao parlamento. Viveu em um período turbulento em alguns aspectos na Europa; numa época em que estava ocorrendo a guerra dos cem anos, o cativeiro babilônico da igreja, a peste negra, etc. Sobre ele foi descrito: "Uma figura alta e delgada, coberta com uma longa toga negra [...] a face, adornada com uma comprida barba; ele tinha traços fortes e bem nítidos; os olhos eram claros e penetrantes; os lábios firmemente fechados, um sinal de sua resolução."
Precedeu o período da reforma do sec XVI por isso foi o principal influênciador de diversos outros reformadores como por exemplo,John hus,Savonarola ,Lutero e Calvino; A “estrela da manhã da reforma”, é como conhecemos esse inglês, do século XIV, que disse não ao sistema sacramental da igreja e a transubstanciação, que valorizou a pregação, quando disse: ”a pregação do evangelho excede infinitamente a oração e os sacramentos”; ele era agostiniano, cria na eleição e na graça; foi influenciado por Breduard (que foi arcebispo da cantuaria por 40 dias quando foi vitima da peste negra), quando este morreu Wicliff tinha 19 anos; O papa o chamava de o mestre de todos os erros; no concilio 1382(o concilio do terremoto), ele foi condenado e por isso se refugiou em sua paróquia; sofreu um derrame quando estava na igreja e morreu em 31 de dezembro de 1384. O Concilio de Constança, 31 anos mais tarde, o excomungou, e, em 1428, seus ossos foram exumados e queimados, e as cinzas, espalhadas no rio Swift; o concilio de Constança condenou os seus ensinos e condenou também John Hus,que era um de seus seguidores,que foi morto na fogueira da inquisição; Hus tinha 12 anos quando Wicliff morreu.
 Os seguidores de wicliff foram os lolardos; esses pregaram os seus ensinamentos por toda a Inglaterra, até que a Igreja Romana em 1401, por força da declaração “De Haeretico Comburendo” pelo Parlamento, introduziu a pena de morte como castigo para os tais pregadores. Entretanto, estes jamais foram aniquilados. Os Lolardos ajudaram a preparar o caminho, ainda que ocultamente, para a grande Reforma na Inglaterra.

Wicliff questionou o direito de a igreja ter poder temporal e de possuir riqueza. Discutiu a venda de indulgências, o cerimonial da igreja, a adoração supersticiosa de santos e de relíquias, assim como a autoridade do papa, questionou também a visão oficial da eucaristia (a doutrina da transubstanciação) defendida pelo IV Concilio de Latrão. Por seus questionamentos sempre apresentava-se diante de bispos e de concilios para defender essas idéias, e outros posicionamentos que advogava.
A Inglaterra tinha muito ressentimento contra a Igreja Romana, mesmo no século XIII. Os príncipes — e muitos cidadãos — se ressentiam da maneira como a igreja estava apegada ao poder e à riqueza. João de Gaunt, muitas vezes, usava as idéias e a reputação de Wycliff em suas discussões com a igreja. Como recompensa, ele protegia Wycliffe da hierarquia eclesiástica. Uma audiência tumultuada em 1377 resultou no banimento de seus escritos. Apesar de ser poupado da violência, seus textos foram queimados, e ele foi destituído da posição que tinha em Oxford, ficando proibido de disseminar suas idéias.
Isso deu a ele tempo para trabalhar na tradução da Bíblia. Wycliffe defendia a idéia de que todo o mundo deveria poder ler as Escrituras na própria língua. "Visto que a Bíblia contém Cristo — tudo o que é necessário para a salvação —, ela é necessária para todos os homens, e não apenas para os sacerdotes", escreveu ele. Assim, a despeito da reprovação da igreja, juntou-se a outros estudiosos para produzir a primeira tradução completa da Bíblia para o inglês. Usando uma cópia manuscrita da Vulgata, Wycliffe trabalhou arduamente para tornar as Escrituras inteligíveis para seus compatriotas. Uma primeira edição foi publicada. Ela foi aprimorada na segunda edição, que só ficou completa após a morte de Wycliffe. Apesar disso, essa edição ficou conhecida por Bíblia de Wycliffe e foi distribuída, ilegalmente, pelos lolardos.
As obras mais proeminentes foram:
·           A Verdade das Sagradas Escrituras: escrita em 1378, na qual ele retrata a Bíblia como regra de fé e prática, pela qual a Igreja, as tradições, os concílios e inclusive o papa deveriam ser provados. Ele também escreveu que as Escrituras contêm tudo necessário para que o homem seja salvo, sem necessidade de tradições adicionais. Wycliff defendia que as Escrituras deveriam ser lidas por todos os homens e não somente pelo clérigo.
·           O Poder do Papa: escrita em 1379, na qual ele descreve o papado como um ofício instituído pelo homem e não por Deus. Ele explica que o poder do papa não se extende ao governo secular, e que sua autoridade não é derivada do seu ofício, mas sim de seu caráter moral e cristão. Ele dizia que o papa que não seguia a Jesus Cristo, era o Anticristo.
·            Apostasia: escrita em 1379, na qual ele condena a doutrina romana da transubstanciação.
·         Eucaristia: escrita em 1380, uma extensão da obra anterior, onde ele denuncia esta heresia em vários aspectos como: inovação recente, filosoficamente incoerente e contrária à Bíblia Sagrada. Ele condena a Tomás de Aquino e seu ensinamento que diz que o pão e o vinho se transformam no corpo e sangue de Cristo. Em seu livro, Wycliff descreve que o pão e o vinho mantêm a sua forma, sendo um sacramento em memória do corpo e do sangue de Cristo.
Podemos dizer que John wicliff foi um dos mais renomados e cultos teólogos de sua época e também o incumbimos toda a responsabilidade de ter sido o principal influenciador e principiador da reforma da igreja oficial; hoje vemos que Deus usou John poderosamente para que houvesse uma mudança radical na interpretação da palavra de deus, de modo a rever certos dogmas e temas que causavam controvérsia dentro da igreja e que eram colocados como fardos pesados nos ombros de pessoas leigas, sem conhecimento da palavra e carentes espiritualmente. Wicliff foi a providencia de Deus para mudar um quadro caótico e ao mesmo tempo déspota da parte da igreja em relação ao povo, que eram escravizados, manietados e explorados ao invés de serem confortados e aliviados pela palavra da verdade.


Referências bibliográficas
·         FOX, John. O Livro dos Mártires. 1ª edição. Brasil: Editora mundo Cristão, 2008.
·         SHELLEY, Bruce L. História do Cristianismo: ao alcance de todos. 1ª edição. São Paulo: Shedd publicações, 2004.
·         Wikipédia, a enciclopédia livre.
·         CURTIS, A.kenneth;LANG,Stephen Lang;PETERSEN,Randy.Os 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo. 1ª edição. Brasil: Editora Vida, 2001. 

Governo da Igreja

Podemos evidenciar diferentes modelos de governo eclesiástico,como por exemplo,o presbiterianismo, o episcopalismo, o congregacionalismo, além dos modelos mistos; Isso nos mostra que sempre existem opiniões diferentes em relação ao modo de se administrar igrejas;Quando fazemos uma intersecção dessas maneiras de governo, encontramos fatores em comum que mostram que nenhuma delas está completamente errada ou certa.
O que devemos analisar não é só o modelo de governo mas principalmente como é exercida a liderança humana em determinada igreja,seja ela Presbiteriana,Batista ou Metodista;o cerne da questão não é realmente o tipo de governo e sim o tipo de liderança que se tem.
Acreditamos que um verdadeiro líder realmente faz a vontade de Deus e governa a igreja da melhor forma possível, pois este é aprovado e vocacionado para isso.
O Grande líder da igreja é Cristo e ele nos ensina a sermos exemplo,doarmos nossas vidas em favor do próximo e não buscarmos motivos para nos afastarmos de nossos irmãos, muitas vezes motivos fúteis e sem nexo;devemos ser lideres aprovados por Deus acima de tudo,pois independente da forma que governamos nossas igrejas,somos todos pertencentes a um governo muito maior e mais duradouro que é o de Cristo... por toda eternidade.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Educação Cristã Participativa

Educação cristã deve ser moldada em um parâmetro diferente da convencional; Na educação cristã participativa o mestre e o aprendiz formam um “ciclo de conhecimento”, que não se restringe somente a receber informações de um individuo mais capacitado;neste tipo de educação existe uma interação entre o mestre e o discípulo de forma que o conhecimento seja gerado com concretude e exatidão dando assim embasamento para a fixação do saber.
No aprendizado por meio da participação, o mestre se torna parte do mecanismo de aprendizado e recebe também conhecimentos,vindos por parte do aprendiz. Assim observamos que além do aluno receber o conhecimento ele também é responsável por transmiti-lo de forma que todos adquiram informações importantes para o crescimento intelectual,prático e fundamentalmente espiritual.Vemos em cristo o modelo de mestre perfeito, pois ele soube transmitir conhecimento utilizando o saber prévio de seus discípulos, além de repassar informações de um modo especial que fazia com que os seus pupilos tivessem curiosidade de descobrir o que ele queria dizer,ou raciocinassem para descobrir o verdadeiro sentido das palavras a eles repassadas ou até mesmo indagar diretamente ao mestre a real interpretação de suas palavras.


quinta-feira, 31 de março de 2011

O 'numinoso" de Rudolff Otto identificado em marcos 5.1-20


Marcos 5.1-20

“E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos.E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo;O qual tinha a sua morada  nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender;Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas, e ninguém o podia amansar.E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras.E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes.(Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.)E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província.E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaramse no mar.E os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido.E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram.E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado, e acerca dos porcos.E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos.E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que  fora endemoninhado que o deixasse estar com ele.Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncialhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.E ele foi, e começou a anunciar em  Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam”.


Majestas está relacionado ao poder do numinoso(divino). É um temor profundo e bastante complexo; não apenas medo, e sim algo mais, muito maior. É também reverência, e o reconhecimento a uma entidade superior; reconhecimento do poderio, de majestade, da glória desse ser, a saber, o divino. O numinoso na esfera não racional engloba o misterium sendo que este tem em si o tremendum e nesse por sua vez está a majestas (poder), tremendum (temor) e o orgé (energia).
Entende-se a majestas de uma forma melhor quando se tem uma experiência individual dela, ou seja, quando se tem dentro de si um temor que vai além do medo, e alcança os limites do reconhecimento de poder absoluto do outro e o reverencia como sendo infinitamente superior.
No relato de marcos 5:1-20, identificamos a majestas na seguinte situação: no versículo seis quando este esboça a reação a seguir: E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?
Vemos neste verso, como estes espíritos, que tornara um cidadão de gadara em um escravo, tremiam e também  reconheciam a majestade do Senhor Jesus, como sendo este o Filho do Deus Altíssimo, a ponto de como o relator especifica no verso dez, rogarem para que o Senhor não os mandassem para fora do país,pois sabiam que se Jesus ordenasse eles não teriam alternativa nenhuma a não ser acatar a ordem.
Ao pedirem ao Senhor Jesus eles sabiam que somente  ele poderia autorizá-los permanecerem na área onde atuavam,e com intenso desejo de que seu pedido fosse atendido rogaram ao senhor para que os permitissem migrar para uma manada de porcos que pastavam na região.Então notamos nestes versos a total sujeição desses espíritos a vontade doe Jesus de forma tal que notasse a superioridade de Cristo perante aquela legião que atormentava tal homem.
Através desta situação ocorrida com a pessoa de Cristo notamos a superioridade do senhor em relação aos demais seres; entendemos o numinoso como sendo um ser temido, reverenciado, e reconhecido de forma explicita e pública. A relação com o numinoso ocasionou na libertação de um homem e no engrandecimento de um Deus em que a majestas é obviamente real e inegável.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

“A Nova Reforma Protestante”


“A Nova Reforma Protestante.”
Esse foi o tema da capa da revista Época, do Mês de Agosto do Ano de 2010;

 Título muito sugestivo que faz referência a reforma que ocorreu no século XVI deflagrada por Martinho Lutero e que ocasionou em mais uma cisma dentro da igreja oficial medieval. Em resumo a matéria traz em seu corpo a realidade dos cristãos brasileiros em relação à crise ética e moral que está em voga na atualidade quando se fala de escândalos sexuais, roubo e mesmo comercialização das coisas de Deus.
As pessoas não estão mais agüentando tanta hipocrisia e falta de decoro dentro das grandes igrejas que se dizem anunciar as boas novas da salvação, na verdade esse evangelho é totalmente voltado para o dinheiro, as influências, às falsas esperanças de sucesso, sendo que nada disso vale realmente sem o mais importante que é o respeito pelo Senhor, o Amor pela sua Palavra e não importa a instituição evangélica, se não estiver dentro dos padrões da palavra são apenas meros surripiadores de almas que não se importam com a salvação das pessoas realmente e sim com suas cadeiras ocupadas e seus cofres empanturrados de dinheiro.
Acreditamos que se deve haver uma reforma dentro da igreja como um todo, e não essas que já acontecem por aí, com divisões causadas por desavenças que ocasionam o surgimento de novos ministérios que muitas vezes não tem como propósito principal o crescimento do evangelho, mas sim ideais pessoais; precisamos de uma reforma ecumênica, no melhor sentido da palavra, e isso acontece quando as pessoas pensam em unidade; é isso que o Senhor Jesus quer, uma Igreja UNA, SANTA, CATÓLICA E APOSTÓLICA.